Maíra Dietrich
Maíra Dietrich trabalha a linguagem como um fenômeno corporal auto-reflexivo, através de video, instalação, performance e ficção. Sua prática pensa a linguagem em relação ao corpo. O que interessa é como o corpo retém, transforma e remodela a linguagem, através de sua fisiologia, sua imprecisão e idiossincrasia.
O pensamento textual estrutura e edifica a obra. Em certo sentido, tanto a linguagem quanto o corpo podem ser desmembrados em suas unidades: o corpo tem olhos, mãos, boca, ossos...; a linguagem tem sílabas, gestos, vírgulas, respirações...; e ambos, ainda que desmembrados, só podem existir, significar e comunicar como um todo. A artista se interessa em desmembrar e rememorar esse todo misturando unidades de corpo com unidades de linguagem.
Sua obra toma forma como composição e instalação, culminando em um acontecimento cenográfico, em um corpo instalativo, uma obra significando e complementando a outra, elementos e unidades existentes como um todo.
Nascida em Florianópolis, em 1988, Maíra Dietrich é Bacharel em Artes Plásticas pelo CEART, UDESC, Mestre em Fine Arts pelo KASK & Conservatorium/School of Arts Gent, Bélgica e concluiu o programa de Post-Master Art By Translation, organizado pela École d’Arts de Paris-Cergy e TALM-Angers, França. Organizou a feira de publicação itinerante TURNÊ e desde 2012 coordena a editora A Missão, focada em textos de artista.
Apresentou exposições individuais ‘CENA — SINTAXE’ pela GDA, ‘Escrever sobre Ler’ no auroras, Visão Periférica no Paço das Artes, São Paulo; Spelling P on 019, Ghent, Bélgica e Peripheral Vision no MAP, Ghent. Nas exposições coletivas destacam-se, 2045 no Palais de Beaux Arts, Paris, Cultivo na Galeria Matsumoto, Rosa Rosa Rosae Rosae na Maison Pilgrims, Bruxelas, Bélgica; Biblioteca Floresta no SESC Belenzinho e L’intolérable ligne droite na Galerie Art & Essai, Rennes, Travérse Video no Musée des Abattoirs, One to Many no CONVENT, No Brasil expôs no Museu de Arte de Santa Catarina, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Galeria A Gentil Carioca, Casamata, entre outros. Participou de residências, AGORA Collective em Berlin, Residência Artística da FAAP, proyecto ‘ACE, Buenos Aires, entre outros.
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